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Em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, Saloá-PE reuniu as inovadoras práticas educacionais do município em um caderno inspirador

Educadores e formadores responsáveis pelo caderno que reúne boas práticas educacionais de Saloá-PE seguram a publicação e posam agrupados para a foto.

Melhor do que estudar a importância da água em sala de aula é vivenciá-la na prática, com visitas à cachoeira. Passar uma noite com os colegas na escola pode ajudar a exercitar a empatia e o cuidado com o outro. Um dia de café com poesia estimula a turma a compor e recitar poemas. A Sacola Viajante passa um tempo com cada aluno levando diversos livros para serem lidos por pais e filhos.

Estes são apenas alguns exemplos do que as escolas municipais da pequena cidade de Saloá-PE estão fazendo para tornar o aprendizado mais significativo. Recentemente, um conjunto de 17 ações foram reunidas no Caderno de Boas Práticas de Saloá, produto da parceria entre a rede municipal e a Assessoria Inova Escola, iniciativa da Fundação Telefônica Vivo com a execução técnico pedagógica do Centro Integrado de Estudos em Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS).

Localizado no agreste de Pernambuco, a 266 km de Recife, o município tem uma rede de ensino composta por 18 escolas com cerca de 250 professores e 3.500 alunos. Quando a Assessoria Inova Escola chegou ali entendeu que documentar práticas educacionais que já existiam era uma maneira de valorizar o bom trabalho dos profissionais e inspirar outras ações dentro e fora da rede.

“Nós já tínhamos um leque bem vasto de práticas, como experiências de aulas em outros espaços e projetos de robótica, mas não tínhamos o hábito de catalogar isso tudo”, relatou o Secretário Municipal de Educação Alvaro Deangelles.

O material será distribuído nas escolas e também estará disponível na internet para que inspire e fortaleça os educadores.

“Boas práticas educacionais não morrem quando existem pessoas que as usam. Podemos também dizer que elas renascem muitas vezes, com as avaliações e aprimoramentos que cada profissional da educação faz de acordo com o que tem e com a sua necessidade”, trecho do texto assinado por Beto Silva e Faustina Loss, na introdução do Caderno de Boas Práticas de Saloá.

Beto Silva, formador que escreveu a introdução do caderno que reúne as boas práticas educacionais de Saloá-PE sorri ao lado de outros integrantes da Assessoria Inova Escola.

Saberes locais

Saloá-PE se destaca pelo turismo rural, pecuária e agricultura. Práticas educacionais que promovem o meio ambiente, que ensinam a importância do reflorestamento e da reciclagem de materiais são cada vez mais comuns. Além disso, muitos professores aproveitam as riquezas naturais locais para promover aulas diferentes que englobam visita a parques, cachoeiras e exploração da fauna e da flora local.

A recorrência ao usar espaços diferenciados de ensino foi um dos fatores que mais chamaram a atenção de Faustina Loss, assessora responsável pelo território. “Tem muito professor que usa o pátio, que explora a comunidade, os parques naturais. Isso acaba valorizando o local onde o aluno vive, o conhecimento que ele já tem e a riqueza cultural existente”, diz.

A importância do registro

O Caderno de Boas Práticas foi construído por um grupo de 17 educadores, composto por coordenadores pedagógicos, gestores, representantes de escolas e da secretaria de educação. Durante o processo, o grupo participou de uma série de atividades que envolveram laboratório de imersão, momentos de reflexão sobre gestão inovadora,  personalização da educação, projetos de vida, pensamento computacional, papel do professor e futurologia.

Professores estão sentados em cadeiras dispostas em formato de roda durante formação que originou a publicação do caderno que reúne as boas práticas educacionais de Saloá-PE.

O secretário Alvaro Deangelles afirma que os encontros promovidos pela Assessoria Inova Escola trouxeram um importante caráter formativo e dinâmico para a rede. “A maioria dos educadores que participaram das atividades consideravam que inovação era algo relacionado apenas à tecnologia, mas descobriram que vai muito além”.

Mila Gonçalves, gerente de projetos da Fundação Telefônica Vivo, destaca o fazer coletivo e a flexibilidade do processo como grandes diferenciais. “Construir coletivamente com os Estados e Municípios quais as ações e prioridades a cada ano é um valor de nossa estratégia. Dessa forma, conseguimos atender as demandas locais, fortalecendo os aspectos que a própria rede define como prioritários e, ao mesmo tempo, garantimos o alinhamento aos conceitos e ações que nosso portfólio oferece. É um equilíbrio interessante e viável para todos os envolvidos”, acredita.

Para Faustina, assessora responsável pelo território, documentar as práticas já realizadas pelos professores é fundamental para promover reflexão e empoderamento. “Quando você registra, você faz uma espécie de resgate do que está sendo feito e ajuda a pensar sobre o que pode melhorar, o que funciona ou não. Além disso, serve de inspiração para outros docentes, outras escolas e outras redes”.

Criada no início de 2018, a Assessoria Inova Escola tem como missão dar visibilidade aos projetos de inovação executados em escolas públicas, reconhecer os desafios e os interesses das redes municipais e estaduais de educação e amparar a criação de novas ações. Além de Saloá-PE, também atua com a Rede Municipal de Goiânia e com a Rede Estadual do Rio Grande do Norte.

Cidade de Pernambuco se destaca pelas práticas educacionais
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