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Abrindo a websérie Escolas Conectadas, o professor Gilson Franco falou sobre como cursos do projeto o ajudaram a melhorar formatos de avaliação e a tornar relações entre alunos mais harmoniosas – além de valorizar a cultura regional

Professor Gilson, autor do projeto sobre literatura de cordel, está de camisa azul marinho, está posando com grupo de alunos, um deles está usando chapéu típico de vaqueiros do sertão.

O projeto Escolas Conectadas traz em sua plataforma uma série de cursos que visam inserir educadores na cultura digital, estimular seu desenvolvimento e melhorar práticas pedagógicas por meio da inovação educativa. Um exemplo do impacto positivo desse aprendizado é mostrado pelo professor Gilson Franco, o personagem que abre a Websérie Escolas Conectadas.

Cada um dos cinco episódios mostra como educadores desenvolveram trabalhos inspirados em suas realidades e transformaram o processo de ensino-aprendizagem após realizarem cursos gratuitos da plataforma.

“O professor tem que se atualizar o tempo todo, e a informação não está só no livro didático como antes. É tudo mais virtual e demanda uma busca constante pela informação. Os cursos do Escolas Conectadas trazem estratégias que permitem lidar com os desafios que surgem em sala de aula”, afirma Gilson.

Professor da Escola de Tempo Integral Professor Ademar Nunes Batista, em Fortaleza (CE), Gilson usou o conhecimento que adquiriu na plataforma para melhorar a sua metodologia de avaliação, se aproximar mais dos alunos e a valorizar a cultura local, a oralidade e o respeito ao próximo. O resultado foi a criação do projeto sobre literatura de cordel, gênero tão característico da região Nordeste.

De acordo com o professor, quando ele começou a trabalhar nessa escola, os alunos enfrentavam desafios como dificuldade de leitura, bullying e outras questões relacionadas a comportamento. Para lidar com tais situações, Gilson buscou atuar em diferentes frentes – entre elas, estava o trabalho com o cordel.

“Os estudantes começaram a ser convidados para recitar poemas e vi que seria possível expandir esse projeto. Deu tão certo que começamos a visitar outras escolas e os alunos têm até agenda de apresentações! Muitas vezes um aluno tímido participa, estuda linguagem popular por meio do cordel e começa a inspirar os colegas a participarem, perdendo a timidez e se apropriando da cultura popular”, revela o educador.“Pretendia resolver um problema da minha escola, que combatesse o bullying e permitisse uma forma diferente de avaliação, por meio da oralidade, e isso chegou a outros lugares”, complementa.

Outro projeto idealizado pelo educador foi o Mala de Leitura. A iniciativa tem como objetivo reunir alunos em torno dos livros para que eles leiam como forma de lazer e, dessa forma, promover a inclusão de todos. O projeto deu tão certo que foi para áreas periféricas de Fortaleza, saindo dos muros da escola.

Fontes de inspiração

Gilson acredita que “o professor é um mediador e facilitador, não um tirano que só avalia e dá notas”. Por causa disso, é importante se atualizar e adquirir diferentes aprendizados. “Esses cursos possibilitam refletir sobre a própria atuação do docente para modificar estratégias e pensamentos que possam deixar os professores e os alunos mais felizes”, afirma.

Todos os cursos auxiliaram Gilson a refletir sobre suas práticas, entender melhor as possibilidades do ambiente escolar e inovar o ensino, trazendo mais engajamento aos estudantes. Entre os cursos que fez, ele cita Avaliação: para que e como avaliar; Inova Escola: Projeto de Vida; Mudança de tempos e espaços para a inovação pedagógica e Escola para todos: Inclusão de Pessoas com Deficiência.

“O curso de Avaliação me deu um olhar mais sensível sobre o tema e mostrou que nenhum aluno é só uma nota. Serviu para refletir sobre minha prática e pensar o que posso mudar para que as turmas aprendam mais. Comecei a entender como e quais os tipos de conhecimento posso avaliar de um aluno”, afirma. “Por meio dele, levei em conta a questão da oralidade para sair do padrão de avaliação tradicional que privilegia o ‘decoreba’. Percebemos os alunos participando mais das atividades depois disso”.

Neste infográfico, o professor Gilson explica alguns pontos para implementar o projeto sobre leitura de cordel. Os objetivos incluem: fazer com que os estudantes avancem nos letramentos: leitura da vida e obra dos principais cordelistas brasileiros; Reconhecer o gênero textual literatura de cordel e os seus elementos composicionais: verso, estrofe, rima, métrica, sextilha etc; fazer com que os estudantes reconhecessem os mecanismos linguístico-gramaticais da língua materna, tendo como ponto de partida, o estudo do gênero textual literatura de cordel; criar possibilidades para que fossem capazes de se expressar oralmente; desenvolver a percepção da importância do outro, e ter a capacidade de gerar sensibilidade;
Neste infográfico, o professor Gilson estrutura aulas para a implementação do projeto de leitura de cordel. Começa com a apresentação do projeto de cordel aos estudantes e termina com a avaliação final do projeto e do caminho realizado pelos estudantes.
Com literatura de cordel, professor ultrapassa os muros de escola no Ceará
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