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Feira internacional, que acontece em Nova Iorque, junta práticas inovadoras dentro do movimento Makers.

A World Maker Faire New York 2015, evento que reuniu iniciativas makers e pensadores do tema, teve de tudo: robôs gigantes de plasma, corridas de drones, campeonatos de futebol disputados por androides e crianças fazendo seus próprios brinquedos. O denominador comum desses projetos inventivos é botar a mão na massa. E foi para observar e aprender sobre essas e outras tendências que a Fundação Telefônica Vivo e a Fundação Lemann estiveram presentes.

Grande parte da feira acontece em um parque aberto – daí o nome – tanto para permitir uma interação mais livre entre expositores e visitantes, como também por conta de acontecimentos que só poderiam ser realizados a céu aberto, como exposições de foguetes escolares. Larissa Dantas, da Fundação Telefônica Vivo, conta que o ideal maker está bem enraizado no cotidiano norte-americano: “É um traço cultura muito forte, o fazer por você mesmo. O trabalho manual é muito valorizado. Também tem a questão de acesso: é fácil adquirir máquinas, kits de robótica e mecânica, o que possibilita o florescimento de um ecossistema maker”.

Havia toda uma programação voltada para a educação dentro das iniciativas makers, com um palco só para o tema. Larissa conta que muitos dos cases apresentados visavam a cultura maker como facilitadora da aprendizagem de matérias que são difíceis se de compreender no campo abstrato, como matemática e física. Um dos exemplos foi o projeto de Andy Forest, School Projects With Internet Brains, onde alunos desenvolvem uma relação afetiva com tecnologia, usando-a na sala de aula para aprender e criar.

A potência do movimento Maker dentro das escolas como ferramenta de aprendizado é tanta que até universidades estão estudando o tema para melhor aplicá-lo. Tiago Maluta, da Fundação Lemann, se inspirou em um estudo da Tufts University. “Eles desenvolvem linhas de pesquisa para espaços makers, trabalhando a ideia de como construí-los para a necessidade de seu local e das crianças que estarão nele aprendendo”, contou.

Larissa também divide que um dos grandes aprendizados que a feira trouxe é que a cultura maker tem que ser aplicada nos processos educativos desde a mais tenra idade e fazer parte das diretrizes pedagógicas da escola. “Aqui, esse tipo de iniciativa está no currículo básico das instituições. As crianças aprendem robótica cedo, existem kits infantis com peças que se ligam a ímãs para ensinar noções de eletrônica e condução de energia. Seria muito legal ter algo parecido no Brasil”.

Tiago revela que foi tocado pelo espírito de colaboração que existe na Maker Faire: “A feira é um local de experimentação, de conversar com as pessoas e e ver projetos. Os papos que ouvimos de um expositor para o outro eram: como você fez isso, você pode me ensinar? É um modelo bonito de se ver, e voltamos com muitas ideias, querendo plantar essa semente aqui”.

O Programaê!, iniciativa da Fundação Telefônica Vivo e da Fundação Lemann, lançou este ano, um edital inédito para mapear iniciativas makers dentro do campo da educação. Tiago diz que os projetos contemplados têm sinergia com o que ele e Larissa aprenderam na Maker Faire. Identificar o que tem sido feito de significativo nessa área é resgatar um espírito engenhoso e inventivo, e ensiná-lo para as crianças e jovens que construirão o futuro do Brasil.

Fundação Telefônica Vivo conhece a World Maker Faire
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