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O programa já capacitou mais de 200 professores de escolas públicas nos princípios básicos da robótica por meio de cursos presenciais e online

Participantes do projeto de robótica Tucuju durante aula diante de um computador

Prestes a completar apenas dois anos de vida, o Robótica Tucuju já é motivo de orgulho para a professora doutora Simone de Almeida Delphim Leal, idealizadora e coordenadora do projeto promovido pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) em parceria com o governo estadual.

Desde 2016, o programa já capacitou mais de 200 educadores de escolas públicas nos princípios básicos da robótica por meio de cursos presenciais e online, e ações nas escolas. O objetivo é desenvolver a lógica e a criatividade de alunos dos ensinos Fundamental e Médio pela interação entre disciplinas escolares e conceitos tecnológicos.

Segundo Simone, alguns colégios até possuem equipamentos para o ensino de robótica, mas nem todos têm professores que saibam usá-los, principalmente na rede pública. Para ajudar nessa capacitação, o projeto conta com uma equipe de mestres e doutores nas áreas de Matemática, Física, Pedagogia e acadêmicos dos cursos de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Unifap, entre outros.

Tucuju é o nome dado a etnia indígena que residia onde hoje fica Macapá. Com o tempo, o termo ficou regionalmente associado aos nativos do Amapá. “O que buscamos ao batizar o projeto como Tucuju foi desenvolver uma iniciativa não só com o perfil da região Norte, mas específico para as necessidades do Amapá”, diz Simone.

“O Robótica Tucuju sempre foi voltado para os apelos sociais. Nessa linha agora, com todos os recursos e conhecimentos que adquirimos, vamos focar os novos cursos em temas e soluções relacionados à saúde e bem-estar”, afirma Simone.

Atualmente, há um projeto de acessibilidade com a participação de professores de Fisioterapia da Unifap  que desenvolve prótese robótica para as mãos, e ainda outro em parceria com o curso de Artes, que está desenvolvendo obras em 3D que interagem com pessoas com deficiências.

A coordenadora explica que o programa foi criado com a perspectiva de que todo estudante deve ser estimulado a construir seu próprio conhecimento, além de ser uma oportunidade de promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem.

Uma das formas de incentivar o debate é participando de competições. Simone conta que desde 2016, o Tucuju participa de torneios juvenis anuais de robótica e da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). “Com a formação recebida no projeto, os professores cadastraram seus alunos e, pela primeira vez, tivemos alunos de escolas públicas do Amapá na etapa prática da OBR Nacional, em 2016. Tivemos alunos em 3º lugar”, diz.

E a sede por conhecimento não para por aí, tanto que ex-alunos do projeto criaram a empresa júnior Robótica Tucuju Enterprise.

“É uma iniciativa empreendedora daqueles que se sentem motivados para continuar atuando com robótica”, diz Simone. “O objetivo é realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento acadêmico e profissional, além de desenvolver o empreendedorismo”. Se em menos de dois anos já fizeram tudo isso, só nos resta desejar vida longa ao Tucuju.

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